Professores de Educação Física descontentes com novas regras

O grupo de Educação Física da Escola Secundária de Amares (ESA) vem a público mostrar o seu descontentamento quanto às alterações normativas impostas pelo Ministério da Educação e Ciência para a disciplina de Educação e para o Desporto Escolar em geral e reclamam “um processo de investigação sério que produza orientações fundamentadas e promotoras do desenvolvimento integral dos nossos jovens”.

A posição assumida e aprovada pelo grupo de Educação Física da ESA foi endereçada a vários responsáveis governamentais, entre os quais ao ministro da Educação e Ciência, e a altas patentes do Estado, incluindo Cavaco Silva, o presidente da República.

Em causa está o despacho normativo 13-A/2012 e o Decreto-Lei nº139/2012, que o grupo de desporto escolar daquele estabelecimento contesta agora, após “uma ponderação cuidada”.
Na missiva enviada às altas figuras do Estado e do governo, o grupo de Educação Física manifesta “a sua total incredulidade relativamente às medidas implemen tadas”, criticando, por exemplo, o facto de, a partir de agora, “a classificação da disciplina de Educação Física deixar de contar para o apuramento da média dos alunos - com excepção daqueles que pretendam prosseguir estudos na área - o que é algo completamente vago”.

Os professores criticam, ainda, a redução do tempo da componente lectiva para a dinamização de grupo/turma de modalidades de desporto escolar.
Mas não só. A nova legislação possibilita, também, aos directores dos estabelecimentos de ensino a redução da carga horária semanal da disciplina de Educação Física.

“Haverá alguém que, considerando os estilos de vida actuais e as suas implicações, considere excessiva a carga horária/semanal da disciplina de Educação Física definida até aqui?”, dizem os professores.

“Não conseguimos compreender medidas que contrariam a produção científica em Educação Física e as orientações da organização da Mundial de Saúde, do Parlamento Europeu, etc”.

15-07-2012 - Correio do Minho