Escola Secundária de Amares apresenta revista 'Redes'

Um Toque de Saída, uma revista e dois dedos de conversa. Dia 6 de Junho marcado no calendário, com um círculo vermelho, alunos e professores sintonizados no mesmo objectivo e presentes, numa hora informal e de diálogo, na Biblioteca da Escola Secundária de Amares para conhecerem, pela primeira vez, a sexagésima edição da revista escolar: mantém o tradicional Toque de Saída como título e, neste ano, junta-lhe o subtítulo Redes. A explicação, está fácil de ver, é o Mundo em que vivemos: tudo é feito em rede.


Paulo Monteiro, director do jornal Correio do Minho, foi a personalidade convidada pela equipa da Biblioteca da Escola Secundária de Amares - coordenada pelo professor Jorge Brandão Carvalho e que integra também as professoras Ana Forte e Cristina Bastos - para apadrinhar o lançamento da revista.

“É um trabalho notável, uma pedra preciosa para cada aluno e que precisa de ser vista”, garantiu Paulo Monteiro, atribuindo um rótulo de “grande qualidade” à publicação. O Director da escola, Pedro Cerqueira, demonstrou-se feliz por notar que “os trabalhos de alunos têm um realce muito grande” e ressalvou que, em qualquer área, as competências de leitura são fundamentais. O incentivo à escrita, à leitura e à divulgação ficou no ar.


Para Paulo Monteiro, a imprensa regional desempenha um papel de grande relevância junto das escolas, ao permitir o acompanhamento das actividades nelas realizadas e a divulgação de artigos produzidos por alunos. Esta foi, aliás, uma opinião partilhada pelo aluno Ricardo Costa, da equipa do jornal Toque de Saída - que editou os dois primeiros números da publicação e colaborou na elaboração da revista -, quando afirmou que “os jornais escolares são um meio importante para ajudar os alunos a expandir os seus trabalhos e devem fazer a ligação com a imprensa regional”.

Paulo Monteiro, em jeito de desafio, garantiu que as portas do Correio do Minho, especialmente nos meses de Julho e Agosto, estão abertas aos jovens que pretendam conhecer por dentro o trabalho jornalístico e colaborar na redacção do jornal.

De acordo com Ana Forte, uma das professoras responsáveis pelo projecto, apesar da revista não ter secções, rede funciona como tema aglutinador, porque, garante, “vivemos numa era de redes sociais e a escola também está em rede”.
Paulo Monteiro vincou a ideia de que, com todo o avanço tecnológico, por mais paradoxal que pareça, são os jornais em papel aqueles que têm mais futuro.

E exemplificou: “Quantos de vocês, actualmente, têm uma disquete? Ninguém… Os próprios computadores já não as lêem e estamos a falar de uma nova tecnologia. A evolução é uma constante e se não estamos atentos, de um momento para o outro, podemos perder toda a informação que temos. O jornal em papel é aquele que, tecnologicamente, não fica tão comprometido”, sublinhou.

Assumindo que um dos objectivos da publicação de três exemplares do Toque de Saída passa pelo desafio lançado pelo Público, destinado a publicações escolares, Ana Forte incentivou a leitura em voz alta de alguns extractos de artigos que compõem a revista e avançou, ainda, que foi também editado um DVD, realizado pelos alunos André Oliveira, António Gonçalves, Pedro Costa e Rui Ferreira - Discípulos de Saramago -, no âmbito de Área de Projecto, e com o auxílio da fotógrafa Ângela Mendes Ferreira e do artista plástico Alberto Péssimo, que consiste numa curta-metragem acerca de Memorial do Convento. “É uma leitura mais pessoal e uma a adaptação audiovisual da obra, porque a nossa sociedade é influenciada pelos media e pela tecnologia”, afirmaram.

*** Texto elaborado pela Escola /O grupo de Jornalismo (Toque de Saída)***

10-06-11 - Correio do Minho

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