“Jornais regionais têm um papel de futuro”

“Pelos estudos que têm sido feitos, o jornalismo regional é aquele que tem mais futuro, porque há uma proximidade muito grande com a ‘terra’. Os jornais regionais têm um papel de futuro”. Palavras de Paulo Monteiro, director do jornal ‘Correio do Minho’, durante uma entrevista aos alunos da Escola Secundária de Amares.
Uma entrevista levada a cabo no âmbito do concurso ‘n@escolas’, empreendido pelo ‘Diário de Notícias’, depois de os alunos que participam naquele concurso terem escolhido o jornalismo como tema de fundo.
Ao longo da conversa mantida com os alunos, com a duração de aproximadamente quarenta minutos, Paulo Monteiro revelou que para seguir a profissão de jornalista é necessário ter uma predisposição. “Na minha altura não havia um curso superior, mas fazia-se o jornalista com o trabalho, com o dia-a-dia, com a experiência. E, como ainda acontece hoje, é preciso uma vocação para ser jornalista”, afirmou.
Considerando que a comunicação social “é um mundo fascinante e não obscuro”, apesar dos “muitos lobbies que estão insta-lados” e das pressões exercidas sobre os jornalistas, o director do ‘Correio do Minho’ garantiu que, “para não criar quezílias”, o jornalista deve “fazer o contraditório” e “ter o máximo de rigor”, embora seja necessário, porque o mercado assim o exige, “contra-balançar rigor e venda”.
O responsável advertiu, ainda, que “nenhuma imprensa do mundo é livre a 100 por cento e o próprio jornalista faz a sua auto-censura”. Paulo Monteiro considera que há “bom jornalismo e bom produto em Portugal” e diz que muitas vezes “o jornalista pode pensar que tem o direito de escrever o que quer, mas não é bem assim”.

05-04-11 - Correio do Minho

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