Escola profissional mostra cursos e capacidades

Patrícia Lourenço, estudante do 11.º ano, mostra a matemática segundo uma perspectiva lúdica, com jogos. O tangram compõe-se de sete peças: cinco triângulos, um quadrado e um trapézio que se podem agrupar, constituindo um quadrado mas também figuras humanas ou de animais.


Paula Costa, professora, realça a componente recreativa da matemática em exposição ao longo de uma parede da sala de aula: a matemática em jogos construídos por alunos de carpintaria, mas também a sua expressão na filatelia e os fractais — desenvolvidos por Benoit Mandelbrot na década de 70 do século XX.


Veio de Cabo Verde estudar óptica em Amares

Edmira veio de Cabo Verde, no cumprimento de um protocolo que a EPATV tem estabelecido com os países africanos de lingua oficial portuguesa. Estuda o curso de óptica e mostra-nos o fotó-metro. É um aparelho que serve para medir que tipo de lentes precisamos. “Podemos sofrer de hipermetropia, um problema de quem não vê ao perto e a miopia, um problema de quem vê ao longe” — explica.

Em outra sala, uma escritora conta uma história. Por fim, o monstro morreu e o Luís, que foi mais inteligente, “num dia de Primavera tonta de cores e perfumes”, casa com a sereia. A escritora chama-se Bernardete Costa e coloca-se à disposição dos alunos, dedo no ar a colocar questões — quando começou a paixão pela escrita? Qual foi o primeiro livro que escreveu?. onde é que escreve?


Quando começou a paixão pela escrita?

A paixão — responde, começou ainda cedo.
Dantes não havia tantos livros como há hoje e por isso Bernardete Costa, que é professora, começou por escrever para contar histórias aos alunos mas também aos seus quatro filhos. Leva seis livros publicados, embora só dois sejam para crianças, explicou a autora, lembrando que o seu primeiro livro é de poesia, para adultos.

Quanto à pergunta sobre onde é que escreve, responde que transporta sempre consigo lápis. esferográfica e papel. E qualquer lugar podem surgir “n” ideias.
De Bernardete Costa encontram-se livros em exposição na Feira do livro a decorrer, como é o caso do título 'Cerejas aos mo-lhos', a lado de outros autores consagrados da literatura infantil, como é o caso de Sophia de Melo Breyner Andresen, Vergílio Alberto Vieira, Emília Nóvoa Faria.


O presidente da Câmara Municipal de Amares, José Barbosa, que visitou o certame, em declarações ao CM disse que a iniciativa justifica uma visita, tanto para os amarenses como para os de outros concelhos.

Realça o carácter inovador da feira. “Estimula o gosto pela leitura e pelo conhecimento, mas vai além disso, com uma mostra pedagógica, em que a escola se mostra no seu envolvimento com a comunidade e numa demonstração das potencialidades de alunos e de professores”.


No pólo de Amares da Escola Amar Terra verde estudam cerca de 170 alunos que frequentam cursos como bombeiro, técnico de análise laboratorial, higiene e segurança, comunicação e marketing, gestão de sistemas informáticos, construção civil, animação cultural, óptica ocular, recuperação de património e edificado e cabeleireiro.

13-05-11 - Correio do Minho

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